A
promoção da QVT é um assunto urgente para as empresas: os impactos da falta de
qualidade de vida para o trabalhador são conhecidos pela baixa produtividade,
elevados custos de assistência médica, alto índice de rotatividade,
absenteísmo, presenteísmo, dentre outros.
As
metas das empresas para alcançarem aumento da produtividade e qualidade dos
serviços prestados, só acontecerão se trabalharem na perspectiva de uma
estrutura gerencial que promova a QVT, ou seja, deverão criar mecanismos para
atender a promoção da saúde, segurança e satisfação dos trabalhadores.
Vale
ressaltar que muitas instituições estão tentando construir o setor que cuida da
qualidade de vida e saúde dos trabalhadores com implantação de programas
aleatórios, práticas pontuais desqualificadas e sem uma continuidade das ações,
que não trazem os resultados necessários e desejados. Esse assunto necessita da
exploração da temática, com aprofundamento teórico, tempo e dedicação por parte
de todos os envolvidos, para se construir uma política com estrutura forte e
articulada entre trabalhadores e gestores.
Sabemos
que o trabalho é vital para o ser humano:
Para
Marx, o homem se define pela produção. Pelo simples fato de o homem produzir,
ele se diferencia dos animais, porque a realidade humana é explicada por
fatores reais: produção em relação ao humano. Por isso, ao produzir seus meios
de vida, o homem produz indiretamente sua própria vida, material e espiritual.
(GALLO, 1999, p.49)
Tornar
o trabalho mais participativo, utilizando potencialidades e talentos,
contribuindo para condições adequadas, resultará no aumento da saúde mental,
física e social dos trabalhadores. Assim, um programa de QVT deve atingir todos
os níveis, direcionando esforços para a canalização da energia disponível para
o comprometimento humano.
No
trabalho, a melhoria de certas condições, não garante e não leva
necessariamente a maiores níveis de satisfação de quem trabalha em tal
ambiente. Assim, é que, se melhorarmos a qualidade de vida no trabalho, ou
seja, as condições de supervisão, a qualidade das relações departamentais, as
práticas administrativas e, nem certa dimensão, as condições físicas e o
salário, com tais melhorias a empresa não garantirá, necessariamente, níveis
mais elevados de satisfação. Porém, pelo contrário, quando tais fatores de
higiene, em lugar de se tornarem melhores, piorarem, caindo a níveis que os
empregados já não aceitam sem contestação, então a insatisfação começa a se
manifestar. Em outras palavras, a melhoria dos fatores de higiene não aumenta a
satisfação, não motiva, mas a sua piora traz a insatisfação (CORADI, 1985, p.
142).
Desta
forma, pensamos que a construção do Programa deverá ser feita com a
participação de todos os atores sociais.
Contamos
com sua contribuição para esse debate, comente:
Literatura consultada:
CORADI, C. D. O comportamento humano em administração de
empresas. São Paulo: Pioneira, 1985.
GALLO, S. Ética e Cidadania: caminhos da
filosofia. Campinas: Papirus,1999. P.49