terça-feira, 1 de abril de 2014

Satisfação no Trabalho e Qualidade de Vida

A promoção da QVT é um assunto urgente para as empresas: os impactos da falta de qualidade de vida para o trabalhador são conhecidos pela baixa produtividade, elevados custos de assistência médica, alto índice de rotatividade, absenteísmo, presenteísmo, dentre outros.
As metas das empresas para alcançarem aumento da produtividade e qualidade dos serviços prestados, só acontecerão se trabalharem na perspectiva de uma estrutura gerencial que promova a QVT, ou seja, deverão criar mecanismos para atender a promoção da saúde, segurança e satisfação dos trabalhadores.
Vale ressaltar que muitas instituições estão tentando construir o setor que cuida da qualidade de vida e saúde dos trabalhadores com implantação de programas aleatórios, práticas pontuais desqualificadas e sem uma continuidade das ações, que não trazem os resultados necessários e desejados. Esse assunto necessita da exploração da temática, com aprofundamento teórico, tempo e dedicação por parte de todos os envolvidos, para se construir uma política com estrutura forte e articulada entre trabalhadores e gestores.

Sabemos que o trabalho é vital para o ser humano:
Para Marx, o homem se define pela produção. Pelo simples fato de o homem produzir, ele se diferencia dos animais, porque a realidade humana é explicada por fatores reais: produção em relação ao humano. Por isso, ao produzir seus meios de vida, o homem produz indiretamente sua própria vida, material e espiritual. (GALLO, 1999, p.49)

Tornar o trabalho mais participativo, utilizando potencialidades e talentos, contribuindo para condições adequadas, resultará no aumento da saúde mental, física e social dos trabalhadores. Assim, um programa de QVT deve atingir todos os níveis, direcionando esforços para a canalização da energia disponível para o comprometimento humano.

No trabalho, a melhoria de certas condições, não garante e não leva necessariamente a maiores níveis de satisfação de quem trabalha em tal ambiente. Assim, é que, se melhorarmos a qualidade de vida no trabalho, ou seja, as condições de supervisão, a qualidade das relações departamentais, as práticas administrativas e, nem certa dimensão, as condições físicas e o salário, com tais melhorias a empresa não garantirá, necessariamente, níveis mais elevados de satisfação. Porém, pelo contrário, quando tais fatores de higiene, em lugar de se tornarem melhores, piorarem, caindo a níveis que os empregados já não aceitam sem contestação, então a insatisfação começa a se manifestar. Em outras palavras, a melhoria dos fatores de higiene não aumenta a satisfação, não motiva, mas a sua piora traz a insatisfação (CORADI, 1985, p. 142).
Desta forma, pensamos que a construção do Programa deverá ser feita com a participação de todos os atores sociais.
Contamos com sua contribuição para esse debate, comente:
Literatura consultada:
CORADI, C. D. O comportamento humano em administração de empresas. São Paulo: Pioneira, 1985.
GALLO, S. Ética e Cidadania: caminhos da filosofia. Campinas: Papirus,1999. P.49


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